Resenha: Harlan Coben - O Menino do Bosque

 Faaaaala, galerinha!

Hoje é dia de resenha de mais um livro bem bom, não vou negar, mas não tão bom quanto eu esperava. Aqui o papo é reto.

Eu sou fã do tio Harlan e o cara é um fenômeno; por isso mesmo, eu esperava uma daquelas história de tirar o fôlego. Afinal, ele não recebeu o título de "mestre das noites em claro" à toa. E era isso que eu esperava. Mas não recebi.

Vem ler a resenha para saber mais!


Título: O Menino do Bosque
Autor: Harlan Coben
Tradutor: Ivanir Calado
Sinopse: Há trinta anos, um menino foi encontrado vivendo na mata como uma criança selvagem. Ao ser interrogado, ele não sabia nada sobre seu passado. Agora, já adulto, Wilde ainda não tem nenhuma lembrança confiável sobre suas origens.
Quando Naomi, uma garota que mora nos arredores da floresta, desaparece, ninguém parece levar a sério o seu sumiço, nem mesmo seu pai. Até que Hester Crimstein, uma famosa advogada criminalista com quem Wilde tem uma trágica conexão, fica sabendo que a jovem era vítima de bullying na escola.
Ela então pede a Wilde que use suas habilidades e seu instinto especial para ajudá-la a descobrir o paradeiro da menina.
Wilde é incapaz de ignorar uma adolescente em apuros. Só que, para encontrar Naomi, ele deve ingressar em um mundo no qual nunca se encaixou, um lugar onde os poderosos são acobertados mesmo quando guardam segredos que podem destruir a vida de milhões de pessoas.
E são esses segredos que Wilde precisa descobrir antes que seja tarde demais.
Nº de páginas: 336
Editora Arqueiro

    Olha, não consigo esconder minha decepção. Já vou começar dizendo logo que a parte mais interessante foi o mini surto que eu tive enquanto lia ontem à noite, quando comecei a ouvir umas marteladas e achei que alguém estivesse arrombando a porta de casa.

    O livro foi sem graça, sabe? Não ruim, de jeito nenhum, porque acho que o Harlan Coben é meio que incapaz de fazer algo do tipo, mas sabe aquela emoção, aquele frio na barriga e a necessidade de saber quem está por trás de tudo? Não teve. Era bem óbvio, na verdade. A melhor parte do livro acontece meio que no prólogo, em que algumas coisas são mais explicadas. Falando com toda a sinceridade, pela época em que o livro foi escrito, parecia que ele estava fazendo propaganda do cenário político dos EUA antes da eleição e aquele desserviço do Trump finalmente sair. O livro discute temas necessários, sim, mas são tantos temas em um amontoado de 336 páginas que fica meio maçante...

    Não sei, pode ser coisa minha, já que estou mentalmente exausta da nossa própria situação. Eu só queria pegar um livro com um assassinato bizarro que começasse devagar - como O Menino do Bosque começou - e então me desse um soco na cara que me faria perder os sentidos - o que estou esperando até agora.


    O ritmo é bem lento e os personagens, fora a Hester - que inclusive é uma velha conhecida dos leitores do tio Harlan - e o Wilde, são bem marromenos. A premissa é legal e bem desenvolvida, os acontecimentos são bem encaixadinhos, como era de se esperar, mas faltou tempero, sabe? Talvez seja melhor do que estou transparecendo e eu tenha ido com muita sede ao pote, ou talvez seja meio "meh" mesmo, quem sabe. Isso vocês só vão saber quando lerem realmente. Gosto é particular, né? Mas a gente costuma ter a mesma opinião quando o assunto é Harlan Coben: o cara é foda.

    Enfim, vou falar um pouco mais sobre o contexto.

    A menininha Naomi Pine é o início de tudo. A partir do momento em que ela some e Matthew, o afilhado de Wilde, pede a ajuda dele para encontrá-la, o que estava bem monótono vai ficando interessante. Eu já estava escrevendo um spoiler aqui que vocês iam me matar. Mas o importante é que o que me fez continuar com mais ânimo foi o capítulo terminar com: "Outro adolescente desapareceu." Aí eu entrei nas nuvens. Finalmente outra criança desaparecida. Finalmente mais emoção. ~frases que fora de contexto dão cadeia~


    
    Mas a situação não melhorou muito.

    Wilde, Hester e os pais dos adolescentes desaparecidos começam a procurá-los incansavelmente, sofrendo ainda com ameaças por parte do grupo que parece tê-los capturado. Eles querem algo em troca, algo comprometedor que pode mudar o rumo da história do país. E, quando os pais hesitam em dar, a criança perde um dedo.

    Tenso, né?

    Um pouquinho, mas nada de mais. Eu estou parecendo uma senhora amargurada, não vou negar, mas é que tive a brilhante ideia de escrever isso depois do sono de beleza assim que acabei de ler. Achei que fosse me deixar mais tranquila, só que não.

    Para fechar a resenha antes que eu tire a vontade de vocês lerem: é um livro ótimo. Se não estivesse escrito "Harlan Coben" na capa e eu não esperasse algo eletrizante, talvez não ficasse tão emburrada assim. A história é boa, alguns personagens são bem envolventes, tem aquele humor típico do tio Harlan que eu AMO e acho muito necessário e, como eu disse lá em cima, questões importantes são discutidas.

    Se eu recomendo? Sim. Se eu quero uma série sobre ou leria de novo? Nah.

Por hoje é só.
Até a próxima, prateleiros!

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