Resenha: A mulher na cabine 10 - Ruth Ware [editado]

Fala, galerinha!

Terminei este livro faz menos de cinco minutos e uma força maior me fez vir aqui contar tudo para vocês. The woman in cabin 10 infelizmente ainda não foi traduzido para o português - eu honestamente nem sei se há alguma possibilidade de chegar -, mas vocês precisam conhecer essa história e o trabalho da autora, Ruth Ware. É simplesmente incrível. Eu faço questão de espalhar isso para quem quiser ouvir - e quem não quiser também. Vou tentar mandar email com indicação para as editoras, para ver se alguma delas decide entrar em contato com a autora para comprar os direitos. Porque quem não sabe inglês e ama uma boa história, TEM QUE TER o direito de ler esse suspense psicológico incrível.

EDIT: O LIVRO FOI PUBLICADO PELA EDITORA ROCCO. DISPONÍVEL NA SARAIVA  TRAVESSA

Mas vamos ao que interessa!

Título: The woman in cabin 10
Autora: Ruth Ware
Sinopse: Há um assassino a bordo do Aurora Boreal. Mas como detê-lo quando ninguém acredita em sua existência? Lo Blacklock, jornalista de uma revista de turismo, é vítima de uma invasão domiciliar. Embora tenha saído praticamente ilesa da ocorrência, ela agora tem dificuldades para dormir e vive à base de ansiolíticos. Nesta fase conturbada de sua vida, Lo recebe um convite da revista em que trabalha para cobrir a viagem inaugural de um luxuoso navio, o Aurora Boreal. Uma ótima oportunidade para ser promovida e, quem sabe, se recuperar do choque sofrido. O cenário no interior do Aurora é fascinante: cabines luxuosas, jantares esplêndidos e convidados elegantes. No meio de uma noite, no entanto, Lo acorda com um grito, corre para a janela e vê o que lhe parece um corpo sendo jogado ao mar da cabine vizinha à sua. Mas os registros mostram que ninguém se hospedara ao seu lado e que não falta ninguém da lista de passageiros. Lo se recusa a duvidar de seus próprios instintos e começa uma investigação para encontrar qualquer prova de que foi testemunha de um assassinato. Exausta, abalada emocionalmente e desacreditada por todos os passageiros, que seguem viagem como se nada tivesse acontecido, ela precisa encarar a possibilidade de que talvez tenha cometido um terrível engano. Ou se convencer de uma vez por todas de que está presa em um navio com um assassino à solta. Em um cenário claustrofóbico e inquietante, A Mulher da cabine 10 é um mistério clássico na tradição de Agatha Christie, capaz de manter o leitor atento até a última página, e que estabelece de vez Ruth Ware como um dos grandes nomes do suspense contemporâneo.
Editora: Scout Press
Nº de páginas: 341

  Laura "Lo" Blacklock é jornalista em uma revista de viagens. Trabalhando na Velocity há quase dez anos, Lo não tem muitas perspectivas. Ela simplesmente aceitou que seu emprego na revista é o máximo que vai conseguir como jornalista e que não há nada mais além disso... até surgir uma oportunidade única. Com sua chefe em licença maternidade, Lo é escolhida para cobrir o lançamento de um luxuoso cruzeiro, que irá zarpar pelo mar do Norte durante uma semana somente para os convidados da exclusivíssima lista de Lord Bullmer, o dono do navio.
  Animada com a possibilidade de uma promoção na carreira, Lo não vê como sua vida poderia ficar melhor. A realidade, contudo, se mostra um pouco mais dura do que ela idealiza. Dias antes da viagem, sua casa é arrombada no meio da noite. Lo escapa com não mais do que um arranhão no rosto, a bolsa levada e uma maçaneta escancarada, mas os efeitos psicológicos são os piores. Ela começa a ficar paranoica por causa do trauma. Não consegue dormir e usa a bebida para tentar esquecer da sensação hostil de que o homem vai voltar à sua casa e causar mais estragos do que antes. Para piorar, antes de viajar até o porto no qual o cruzeiro Aurora Borealis a aguarda, ela e seu namorado, Jude, acabam discutindo e o término é quase certo.
  Chegando ao navio, Lo fica encantada com a grandiosidade e requinte do pequeno grande barco. Tudo parece perfeito. Sua suíte - a nona de dez - é quase maior do que seu apartamento inteiro. O banheiro não poderia ser melhor nem se estivesse em seus sonhos. A comida? Ainda melhor. Apesar de estar fisica e emocionalmente exausta pelas incontáveis horas sem dormir, Lo acha que essa viagem pode ser exatamente o que ela precisa para que sua vida volte aos trilhos.
  Ela só não contava com a morte de uma mulher na cabine ao lado da sua.

  O livro começa um pouco devagar, apesar de toda a ação. Logo nas primeiras páginas, Ruth Ware já nos guia por uma história que tem de tudo para ser incrível e instigante... e tem muito sucesso.
Comprei o livro por impulso em meu último dia de viagem. Estava com 20% de desconto e eu ainda tinha meus últimos dólares. Não precisei ler muito da sinopse para ser pega de jeito. Quando vi que tinha morte e mencionavam o nome de Agatha Christie como referência para o estilo literário, já estava pagando no caixa. E não me arrependo nem um pouco.
  Sabe aquelas histórias em que você se envolve emocionalmente, mesmo não querendo? The woman in cabin 10 é assim. Por ser contada em primeira pessoa, a história é desenrolada vagarosamente e descobrimos os mistérios e acontecimentos no mesmo passo que Lo. Assim como ela, bancamos o papel de detetive e nos frustamos com a descrença daqueles que pedimos ajuda. É realmente angustiante! Porque você sabe que algo aconteceu, que há uma mulher morta, mas ninguém vai solucionar o caso porque ninguém acredita! Ou não quer acreditar, sejamos sinceros. Durante todo o livro, ela é tachada de maluca. Por mais que tente justificar suas afirmações, as únicas provas que têm simplesmente são arrancadas dela, e não há ninguém em quem possa confiar. 
  Eu não fiquei tão surpresa com o desenrolar da trama, mas ao mesmo tempo fiquei chocada. Eu sei, não faz muito sentido, mas foi o que senti. Pensei "ok, faz sentido vendo por esse lado", mas não foi algo que me surpreendeu, embora no decorrer da história eu não conseguisse apontar o dedo com certeza e indicar o culpado.
  Além disso, acho que foi um dos melhores finais de romance nesse estilo que já li. Cheguei a chorar de felicidade. Vocês vão se sentir assim também, se lerem.
  Virei fã da Ruth Ware, da sua escrita e da trama que consegue criar. Um tanto estilo Agatha Christie, apesar de ser quase injusto tentar comparar Ware à rainha do crime. De qualquer modo, é uma leitura maravilhosa e que provoca comichões atrás do pescoço até que a última página seja virada. Uma verdadeira indicação para os fissurados em thrillers psicológicos.

Bom, por hoje é só.
Até a próxima, bitches!
XOXO

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