Resenha: Nudez Mortal - J. D. Robb (Nora Roberts)

Sinopse:

  Estamos no ano 2058; a tecnologia governa o mundo por completo. Eve Dallas é uma detetive da Polícia de Nova York que tem que lidar com um caso que cheira a escândalo: a neta de um senador é assassinada, e a vida secreta de prostituição que a vítima levava é revelada. O caso, de alta repercussão, leva a tenente Eve Dallas aos fechados círculos da política e da sociedade de Washington.

Minha nota: 4 estrelas.

Páginas: 350 páginas.

Série: Mortal, #1

Título Original: Naked in Death.

Editora Bertrand Brasil

  Esse é o primeiro livro da Nora Roberts que leio. 

 

  Eu sei, eu sei. Sempre tive muita curiosidade de conhecer o trabalho dessa autora sobre quem só ouço elogios e, devo dizer, não me decepcionei. Pode ter certeza vocês verão muito mais resenhas de livros dela por aqui. Prometo.

  Em Nudez Mortal, conhecemos a Tenente Eve Dallas, detetive da divisão de homicídios da polícia de Nova York. A Tenente é designada para o casa DeBlass, onde uma jovem garota de programa, vinda de uma influente família americana (neta de um Senador), é brutalmente assassinada. Na cena do crime, Eve encontra o corpo nu da moça posicionado teatralmente em forma de um X no meio de sua própria cama. Como armas de fogo foram substituídas por armas a laser nesse livro futurístico, o fato de o cadáver estar perfurado por três tiros é mais uma peculiaridade do caso. Além disso, a mensagem "UMA DE SEIS" deixada pelo assassino na cena do crime indica que ele não vai para por aí. 

  Mesmo com uma gigantesca lista de suspeitos, Roarke se destaca. Um homem poderoso e misterioso, ele é o principal alvo da investigação de Eve. E também o homem capaz de invadir os pensamentos e bagunçar com os hormônios da da durona Tenente Dallas. Entretanto, a atração que sente pelo belo empresário não a impede de continuar sua investigação, que se complica quando mais corpos começam a aparecer. 

  A partir daí, a detetive se vê numa corrida contra o tempo numa trilha sem rastros deixada por esse criminoso frio, calculista e extremante inteligente.

  Nora Roberts arrasa. Por que? Vejamos...

  Ás vezes não é fácil se situar em livros futurísticos. Em Nudez Mortal eu não tive esse problema. Nora vai nos apresentando as inovações da era que criou aos poucos e detalhadamente, então não temos essa dificuldade. Aliás, a narrativa descritiva da autora prevalece o livro todo. A crueldade das cenas de assassinato e a tensão nas de suspense nos transportam ao mundo criado por Nora de tal maneira que é quase impossível desgrudar desse livro.

  Ela realmente soube montar muito bem o aspecto policial do livro. Nos são apresentada provas e mais provas que mais tarde são refutadas, vários suspeitos indicados e em seguida descartados... UAU, como isso aumenta a tensão do livro.

  O romance é tão bem escrito quanto o suspense. Com personagens de personalidades fortes e marcantes, o potencial desse aspecto do livro é gigantesco e tenho grandes expectativas pela continuação.
  Continuações, na verdade. Já foram lançado, pasmem, 19 livros da série aqui no Brasil, sendo que ainda há mais por vir. Muito mais mesmo. Nos EUA, a série In Death já conta com 41 livros, sem contar inúmeras antologias e contos relacionados à ela.

   Broxante, né? Mas relaxa. Esse primeiro volume tem uma final bastante conclusivo, então, se você se interessou pela sinopse, vale a pena ler esse livro, mesmo que você não queira terminar a série.

  A história segue um ritmo maravilhoso, onde são combinadas as cenas de suspense com o início do romance de Eve e Roarke, e do mistério de seus passados.

  Para os viciados em romance como eu, é uma boa maneira de se aventurar por gêneros novos com poucas chances de frustração. Para os fissurados em suspense, aqui temos um caso sólido e viciante.

  Enfim, realmente me apaixonei pelo trabalho de Nora Roberts e já vou procurar mais livros dela pra ler.

PS: Se quiserem - POR FAVOR, QUEIRAM - se tornem membros do Pratelivros. As bitches aqui agradecem, ok?
XOXO

Anne.