SAF: O Jogo da Imitação

  Afogando as mágoas. Adeus Oscar! Benedict Cumberbatch não ganhou o prêmio de melhor ator do ano. Embora estejamos todos tristes com isso - tá, provavelmente só eu e o Benny apelido carinhoso estamos - quem ganhou foi Eddie Redmayne, protagonista de "A Teoria de Tudo" (resenha aqui), que realmente fez um trabalho espetacular no filme e mais que mereceu esse prêmio. Mas eu já falei pra vocês sobre meu vício nesse ator (Mais sobre meu vício aqui. Hello, Cumberbitches!!!) e eu realmente estava com meu coraçãozinho dividido nessa categoria do Oscar. Mas tudo bem, vamos ao que interessa...

  O Jogo da Imitação é baseado em fatos reais. Esse filme acompanha o matemático Alan Turing na tentativa de vencer uma máquina: Enigma. Essa é uma máquina alemã que codifica todas as mensagens nazistas, impedindo que os Aliados possam ter acesso a informações que poderiam ajudá-los a vencer e acabar com a Segunda Guerra mundial. O objetivo de Alan é construir um aparelho que seja capaz de descodificar essas mensagens, mas essa não será uma tarefa fácil. 

"Alan: E gosto de resolver problemas, Comandante. E Enigma é o mais difícil do mundo.

Comandante: Enigma não é difícil. É impossível, Os americanos, os russos, os franceses, os alemães, todos acham que Enigma é indecifrável.

Alan: Ótimo. Deixe-me tentar e então nós termos certeza, não é?"

  Testemunhando os problemas que esse gênio enfrentava não só em seus projetos mas também em sua vida pessoal (principalmente por ser homossexual numa época em que isso era considerado crime), somos apresentados a grandiosidade dessa personalidade que ajudou a poupar milhares de vidas durante o conflito mais sangrento do mundo.

O cara merece...

  Mais uma vez, Cumberbatch fez um trabalho incrível. Só ele mesmo pra conseguir capturar e representar tão bem uma personalidade como essa. Através da sua atuação, podemos claramente ver cada emoção que se passa na mente do personagem sem que palavras precisem ser ditas. Ele foi capaz de nos fazer enxergar através dos olhos de AlanTuring. Através dos olhos de um gênio mal-compreendido. De um homem comum com uma mente extraordinária. 

"Ás vezes são as pessoas que ninguém imaginaria que fazem as coisas que mais ninguém poderia imaginar"

Alan Turing

Tipo pular na frente da foto numa apresentação
do Oscar...

  A atuação dos personagens secundários também não deixou a desejar. Como prova disso temos a indicação de Keira Knightley ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante pelo papel de Joan Clarke, uma mulher que nos anos 50 conseguiu se destacar num território considerado masculino.

  Não tive nenhum contato com o livro em que o filme foi baseado, mas devo parabenizar o roteirista. O filme foi muito bem construído, utilizando-se de flashbacks que nos permitem presenciar os acontecimentos do passado de Alan, as dificuldades pelas quais ele passou ainda jovem que tem reflexo na personalidade dele anos depois, enquanto assistimos o desenrolar da história e suas repercussões, já que também há flashs do que acontece depois da máquina que Alan tenta construir. Isso rendeu a Graham Moore o Oscar de melhor Roteiro Adaptado.

  Ao todo foram oito indicações ao Oscar. 

"Eu sei que isso não é normal. Mas quem ama o normal?"

Joan Clarke

  No geral, gostei bastante do filme.
  Hasta la vista, baby!

XOXO

Anne.